11 de Novembro de 2013, Por Júlia Meissner.
Fazer uma viagem de volta ao mundo requer planejamento, cuidado e muita disposição para viver aventuras, encontros inesperados e histórias para guardar pra vida inteira. Portanto, se esse é um plano seu, não deixe de conhecer as dicas abaixo!
Aventuras: Viajar pode ser bem cansativo e, as vezes, até perigoso. Mas quem não tem coragem ou confiança de fazer nada que seja incomum para ele, vai perder muito. Vai perder ver como os nativos vivem, vai perder lugares escondidos espetaculares, nunca vai ter o sentimento de “foi difícil mas eu consegui” e não vai ter muita historia para contar. Tente seguir seu bom senso e tudo vai dar certo. Tente fazer coisas que você nunca fez, a volta pelo mundo é para isso: viver aventuras, sair do padrão e aproveitar a vida.
Contraste cultural: mendigos, pobreza: Como brasileiro você já conheçe a situação. Eu cresci na Alemanha e tenho muito mais dificuldade com isso. Sempre viajei muito com meus pais e durante minhas férias via pessoas pobres pedindo por dinheiro e percebi que as condições boas que eu vivia no meu país não eram normal. Na maioria dos países do mundo, a situação é totalmente diferente. Especialmente idosos, crianças e mutilados são excluídos da sociedade e a falta de presença do governo não lhes dão outra oportunidade a não ser pedir para aqueles que têm mais. Em muitos países você vai ver nativos dando dinheiro porque sabem que em qualquer momento eles também podem chegar numa situação dessa. Mas o que fazer em situações assim? Não feche os olhos, isso vai te fazer sentir mal. Você não pode dar dinheiro para todo mundo, isso é claro, mas você pode dar respeito e talvez umas moedas ou uma comida. Não se sinta mal, pense que você está viajando pelo país, comendo em restaurantes locais, dormindo em hotéis, comprando coisas. Com isso, você está ajudando a enconomia local e ainda pode viajar barato. Uma ideia boa é comprar com artesãos locais, comer em pequenos restaurantes que geralmente são de famílias. Assim o dinheiro fica no país e não vai para grandes empresas internacionais. Veja o nosso post sobre como ser um turista responsável.
Fraude: Todos os lugares que vivem do turismo têm esse problema. O turista não conhece os preços locais e o vendedor vai tentar receber mais. Aqui, sugiro sempre negociar o preço. Isso é muito comum e você vai se surprender com o quanto de desconto você vai comprar as coisas. Outros casos são mais complicados. Muitas vezes há taxistas ou guias que recebem uma comissão de hotéis e restaurantes se levam os turistas até lá. Resulta que você vai pagar talvez o triplo do preço normal. Também acontece que um guia te fala que vai comprar o ingresso para, por exemplo, um parque nacional: “You give me the money, I buy you the tickets”. A mesma coisa acontece ás vezes na fronteira, pessoas querem te ajudar a preencher os documentos para o visto e depois te cobram a mais por isso. Não fique com raiva, não adianta. É só mais uma lição para seguir a viagem! Mas cuidado, nem sempre os preços altos são fraudes. Em alguns países, o preço para turistas é (por decisão do governo) bem mais alto que para os nativos.
Mulheres viajando sozinhas: Claro, mulheres querem viajar do mesmo jeito que homens. Mas, infelizmente é necessário um pouco mais de precaução. Na maioria dos casos seu bom senso e sua intuição vão te ajudar. Se você tiver um sentimento estranho numa situação estranha, é hora de reagir. O sentimento quase nunca engana. Respeite os costumes locais, repare como as mulheres se vestem e tente se adaptar um pouco para não chamar muita atenção. Uma aliança (mesmo sendo solteira) e contar que você vai encontrar com seu namorado ou marido no seu próximo destino, pode ajudar em algumas situações desagradáveis. A dica mais importante: fique tranquila, ignore assobios mesmo se eles vêm de um carro de policia andando devagar na velocidade do seu andar. Eu sei é muito desagradável, mas ignore! Se você está sozinha, pegue só táxis oficiais e nunca entre num táxi com dois homens (já aconteceu comigo)! Não aceite bebidas de pessoas desconhecidas! Afinal o mais importante é que você se sinta segura e confortável.
Velocidade de viajar: Não viaje rápido, ninguém aguenta um ritmo assim por mais de quatro meses. Você vai ficar cansado e ter uma overdose de impressões. Tente aproveitar o momento e o país em que está. Aproveite o seu tempo para fazer talvez um curso de culinária, de idiomas ou um trabalho voluntário. Com mais tempo você também chega em lugares mais escondidos e não tão explorados. Isso é que faz uma viagem pelo mundo diferente: o tempo e a liberdade que te dão a oportunidade de conhecer um país de uma forma mais intensa.
Coisas do quotidiano: Uma volta ao mundo não é como férias normais. Você vai ter trabalhos do dia a dia como ter que lavar roupa, fazer compras e cozinhar, resolver problemas com vistos, trocar dinheiro, organizar a viagem, comprar passagens, talvez ir para o médico e outras coisas. Afinal, tudo depende de você e da sua personalidade. Encontrei pessoas que já estavam viajando há 10 anos sem saber como iam pagar os próximos meses. Mas também tem pessoas que planejam cada passo e sabem certinho onde vão estar e quando. Eu me encontro no meio desses dois extremos. Acho que ser flexível é uma das caraterísticas mais importantes, mas também superar medos. Quando por exemplo uma pessoa te oferece dormir na casa da familia dele, siga sua intuição. Eu dormi na casa de algumas pessoas, na praia, em cais esperando a primeira balsa do dia e em muitos outros lugares e nunca aconteceu nada. Assim, você vai ter encontros super especiais com uma apredizagem rica e recordações que vão te acompanhar para sempre.
Se você ainda não se decidiu quando fazer sua volta ao mundo, não perca o post que falei sobre isso, aqui. E se você já decidiu, mas ainda não sabe como se planejar, veja as dicas que dei aqui.
E você? Já deu a volta ao mundo? Morre de vontade de experimentar? Divida suas percepções com a gente! ;)
